terça-feira, 12 de outubro de 2010

HOMEM DE FERRO - CRASH

Agora no final de setembro saiu para venda o DVD/Blu-ray do HOMEM DE FERRO 2. Sendo assim, nada mais natural (e óbvio), do que inaugurar esta seção BAÚ DA HQ, cuja intenção é falar de quadrinho, justamente com uma postagem sobre o Vingador Dourado, mais especificamente sobre uma Graphic Novel de 1988, chamada CRASH.



Essa HQ traz uma pecularidade muito especial, foi a primeira Graphic Novel gerada por computador. Dois anos depois seria a vez de um certo “homem morcego” ganhar a sua versão computadorizada, mas por hora vamos nos ater à estória do mega-multi-milionário-inventor e baladeiro Anthony Stark.

Pirataria sempre foi um assunto sério e aqui esse problema é multiplicado por mil, porque o alvo em questão é nada mais nada menos que a própria armadura do Homem de Ferro.

Estamos em um futuro próximo, altamente tecnológico, onde a SHIELD é responsável não só pela segurança dos EUA, mas sim das nações do mundo inteiro. Stark está com seus 74 anos de idade, mas aparenta ter uns 40 por conta de uma droga rejuvenescedora ( isso mesmo), chamada “Perpetuon”. Aqui encontramos Stark já um tanto cansado da vida de “super-herói”, decidido a vender seus projetos para uma companhia japonesa, a ESON, para que sua tecnologia não fique restrita só aos Estados Unidos. O grande problema é que há um grupo de traidores nesta companhia interessados em não apenas duplicar a tecnologia do Homem de Ferro, como também promover um domínio global de tudo que envolva inteligência artificial e desenvolvimento bélico ( em outras palavras, querem dominar o mundo).

Até a metade desta revista o desenrolar da trama é meio monótono, nos sendo apresentados longas descrições sobre o funcionamento e características do VCS ( Veículo de Combate Somático), o nome “maneiro” pelo qual o traje do Homem de Ferro é conhecido neste futuro. São tantos termos complexos do tipo “Obturadores de cristal líquido e interface de tela dupla panoramogrâmica, auto-estereoscópica e lenticular com grande varredura angular e contraste de 120 para 1”, ou “Escudo térmico com rede de refrigeração e geradores de campo eletromagnético com suporte isquiático de subsistemas”, que apesar de serem muito legais, se tornam um pouco cansativos de se ler por várias páginas seguidas.

A “coisa” só começa a esquentar quando Stark é obrigado a viajar para o Japão por conta de uma falha no sistema de segurança e informação da ESON, sendo agendada uma reunião com o chefão da empresa, o senhor Hideo Shinoda. Saindo dessa reunião, Stark consegue arranjar um tempinho para “relaxar” com sua relações-públicas, Keiko Takimoto com quem se encontrou no Japão para esta reunião. É exatamente nessa hora qundo os dois estão no hotel que o seu quarto é invadido por um assassino profissional disposto a fuzilar os dois, mas sem sucesso.

Saindo ileso do atentado, Tony Stark resolve partir para uma caçada pelas ruas de Tókyo para saber o que está acontecendo, e acaba descobrindo um pouco dos planos malignos por parte dos traidores da Eson e de sua própria empresa Stark International. É nesse momento que ele resolve botar pra quebrar, reprogramando um de seus robôs, para juntos entrarem com tudo na torre da ESON e fazer os responsáveis pagarem ( e pagarem caro ) por suas ações. Você ficaria na frente de alguém que possui um “Rifle de Energia Cinética acoplado a um Canhão Balístico de Ruptura Rotativa em suporte estável, articulado e motorizado, com sistema auxiliar de Controle de Tiro Inteligente”? Pois é, eu também não!

E é partir daí que o bicho pega de vez. Quando Stark invade os domínios da ESON, Matsui ( um dos traíras da empresa ), arma um contra-ataque maciço pra cima do Homem de Ferro com suas “cópias piratas”. Temos então combates corpo a corpo, tiroteios, bombas, foguetes, explosões. Nesse momento o ataque é tão poderoso que Stark chega a duvidar se o seu traje vai conseguir segurar o tranco, hehe. Vou até colocar aqui um pouco de suas próprias palavras (versão resumida, o texto é bem extenso).

“A blindagem corpórea do meu VCS é formada por uma liga geodésica de titânio e berílio, dotada de superestrato de ferro-níquel mylar e fibras microcristalinas de quartzo, entrelaçadas em substrato ectofórmico de borracha sintética”... “A resistência contra impactos localizados é devido ao componente titânio na liga e ao superestrato de níquel-ferro. A armadura pode agüentar um peso de oitocentos quilos por centímetro quadrado em qualquer ponto, ou um impacto de até uma tonelada a oitenta quilômetros por hora “... “A única questão é ... isso será o suficiente?, ahahahaha, isso tudo é ele pensando no meio da briga!

Ao final dessa verdadeira guerra, mesmo passando por maus bocados, o Homem de Ferro juntamente com seu aliado robótico conseguem exterminar o exército de Matsui, que encurralado acaba por ativar um explosivo que manda a torre da ESON pelos ares ( com ele junto ), mas não antes que o Homem de Ferro e seu robô consigam fugir do local.

Coincidência ou não, é interessante notar aqui alguns paralelos com o novo filme do Vingador Dourado. A começar pelo fato de seu mordomo não ser uma pessoa, mas sim uma máquina ( visto também no primeiro filme). Temos um companheiro blindado ajudando-o em combate ( no filme ele é auxiliado pelo Máquina de Guerra), e a semelhança principal, a pirataria em cima do traje do Homem de Ferro.
Nada mau.

“Nós somos a mente, a ferramenta e a máquina. Nós somos digitais. Nós somos os semideuses de hoje e de amanhã. Somos destemidos. Nós somos os ENCOURAÇADOS!
Nosso grupo é unido como uma cota de malha forjada no inferno. Nossos segredos são vigiados por cães de guarda invisíveis... com olhos de ouro e areia. São como os animais dos faraós mortos.
Nós adoramos a ROM. Nós nos alimentamos da RAM. Destruímos todos os que se opõem a nós. Atacamos sem piedade... porque somos digitais”

Homem de Ferro – CRASH / 1988
Autores: Mike Saenz e Willian Bates
Editora Abril

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